O projeto de readequação da Praça “Victor J. Cuesta” parte de um estudo minucioso do lugar, dos usos, fluxos e dos níveis da praça pré-existente.
A proposta busca criar um espaço aberto com uma única plataforma que se adapta aos níveis das quatro esquinas de maneira que seja garantida a acessibilidade em todas as áreas. A plataforma é construída com pavimento de pedra que vai desaparecendo paulatinamente para dar lugar à vegetação.
Para superar os desníveis a plataforma se divide em sete tiras transversais que respeitam a inclinação natural do terreno. Até a área verde as tiras se convertem em terraços horizontais onde são construídos muros de contenção que, por sua vez, são as bases dos bancos que permitem superar as diferenças de nível entre um terraço e outro. As tiras transversais são definidas através dos canais de coleta de água da chuva e dos bancos de madeira Teka.
A combinação entre a madeira, aço oxidado, pedra e verde dão um caráter particular à praça, de maneira correta, ao centro histórico de Cuenca, onde está localizada.
A área onde a prioridade é o uso da pedra foi pensada como um lugar de encontro, de apresentações e representações, circulação e espera de ônibus. A zona onde a área verde é a principal está destinada a um espaço de brincadeiras infantis e descanso, nela é construída uma pérgula que filtra a luz e protege aos usuários do sol. São plantadas espécies nativas que em um momento cobrirá parcialmente a pérgula e tapará a via interior que permite o acesso dos veículos. Todas as árvores pré-existentes são respeitadas e outras foram plantadas.
Foi colocada uma série de lâmpadas baixas que definem a circulação em diagonal dentro da praça e outras que iluminam a circulação exterior. O monumento a Victor J. Cuesta é colocado agora num ponto que pode ser visto de qualquer ponto da praça e está numa altura acessível aos olhos dos transeuntes.